A história de Mateus Bregantin Inácio Teodoro

No mês de julho de 2019, a Coluna ADAP traz a história do associado Mateus Bregantin Inácio Teodoro, contada em detalhes pela sua mãe Fernanda. Confira a seguir esse lindo depoimento!

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“Meu nome é Fernanda Bregantin Inácio Teodoro, tenho 33 anos, sou de Londrina/PR. Tive meu filho Mateus aos 23 anos. Foi uma gestação tranquila, fiz acompanhamento desde o início e todos os exames foram feitos. Eu escolhi fazer cesárea, marcamos para dia 30 de abril, pois seria no mesmo dia do aniversário do pai, mas o Mateus nasceu antes, no dia 24. Fiquei três dias com ele no hospital, e acabei saindo de lá sem fazer dois exames: o teste do pézinho e o teste da orelhinha.

Descobrimos a perda auditiva do Mateus quando ele tinha oito meses. Foi algo muito difícil, nosso filho era um bebê muito alegre e sorridente. Eu e meu marido trabalhávamos, e nesse período o Mateus ficava com a minha sogra. Foi ela a primeira pessoa que nos falou sobre a perda auditiva, nos disse que tinha alguma coisa ‘estranha’ no Mateus, porque ele não respondia quando ela o chamava. Aquilo já foi algo horrível de escutar, fiquei confusa e então começou a desconfiança, porque mais pessoas começaram a reparar nisso.

Aí marquei uma consulta com a pediatra dele. Relatamos o que estava acontecendo e a reação da medica foi pior ainda. Ela me perguntou: ‘O quê? Como assim?’. Ela parecia não acreditar no que estávamos falando, por isso resolveu fazer um teste com o nosso filho, ali mesmo na sala dela. Virou ele de costas para ela e bateu palmas. Meu menino reagiu. Então, a médica nos falou: ‘Estão vendo, pais? O filho de vocês escuta sim, parem de ficar dando ouvidos para o que os outros falam!’.

Naquele dia, voltamos felizes para casa, confiando no que a médica disse, mas, na verdade, ali no fundo, já ficou um alerta para nós. Começamos a perceber que tinha alguma coisa com nosso filho. Então, novamente marquei outra consulta e exigi um encaminhamento para fazer o exame de ouvido. O resultado deu que ele tinha perda severa-profunda bilateral.

Esse dia foi um dos piores de nossas vidas, mas também marcou um novo início. Daí em diante, começamos a fazer o que tínhamos que fazer. Foi um momento muito difícil, estávamos perdidos, tristes, sem entender o porquê de estar acontecendo aquilo. Até achávamos que nosso filho estava sofrendo sentindo dor. Enfim, nesse mesmo mês, o Mateus tinha uma consulta marcada com uma pediatra do posto de saúde, onde ele ia de três em três meses, e ela foi um anjo em nossa vida. Foi ela quem nos mostrou o que fazer, quem nos disse as melhores palavras de conforto num momento tão difícil.

Nosso filho tinha nove meses quando começou a tratar a surdez. A médica do posto encaminhou a gente para um lugar, em Londrina, chamado ILLES, onde fizeram todos os exames que precisava, e também foi lá que o Mateus começou a fazer fono. Essa fono foi mais um anjo na vida do nosso filho. Foi ela quem nos disse sobre a USP, o CPA, sobre o tratamento que tinha aqui em Bauru. Então ela nos orientou e conseguimos ser chamados para uma avaliação.

O Mateus estava com um ano quando viemos a primeira vez para Bauru, no CPA. Ficamos quatro dias aqui na cidade. Lembro-me muito bem da minha reação ao chegar aqui, quando me deparei com a quantidade de pessoas que tinha naquele lugar, que todos estávamos lá pelo mesmo motivo. A partir daí, vi que não estávamos mais sozinhos.

Sobre o Implante Coclear, desde que começamos o tratamento em Bauru, passamos a pesquisar sobre ele. Conversamos com os profissionais do CPA, falamos do interesse que tínhamos em que o Mateus fizesse a cirurgia. Os profissionais nos explicaram tudo sobre o IC, a cirurgia, sobre o que esperar dos resultados e também de como seria o desenvolvimento do nosso filho. Eu, meu esposo e toda nossa família tínhamos um pensamento muito positivo sobre o IC, mas o Mateus respondia muito bem aos aparelhos auditivos (AASI), então, naquele momento, ele não era candidato à cirurgia.

Foi um longo tempo de paciência, de espera, de vida que continuava, até que ele se tornou candidato ao IC. Ele implantou com cinco anos de idade. A cirurgia foi feita em Bauru, na USP. Após a ativação do IC, precisávamos agir, pois o Mateus necessitava de uma fono especifica para implantados. Nosso filho foi implantado numa idade considerada tardia, por isso tivemos que correr contra o tempo, apesar de ele sempre ter feito atendimento com fonos,

Em outubro de 2016, nos mudamos para a cidade de Bauru. Viemos porque nosso filho conseguiu uma vaga para fazer parte do grupo do Centrinho, onde ele tem um atendimento mais completo e especifico. Hoje o Mateus tem nove anos, na parte da manhã ele frequenta o CEDAU e à tarde ele estuda.

Por enquanto, nosso filho é implantado unilateral apenas. Eu e meu esposo pensamos em fazer a cirurgia do outro lado, mas no momento o Mateus responde muito bem com o AASI, por isso ele ainda não é implantado bilateral. Nós estamos muito satisfeitos com o resultado que nosso filho tem com o Implante Coclear.

Por Fernanda Bregantin Inácio Teodoro”.

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